Egum - Egungun
Egum ou Egun - É todo e qualquer espírito
de pessoas falecidas iniciadas ou não.
Egungun, espírito ancestral de pessoa
importante, homenageado no Culto aos Egungun, esse culto é feito em casas
separadas das casas de Orixá.
No Brasil o culto principal à Egungun é
praticado na Ilha de Itaparica no Estado da Bahia mas existem casas em outros
Estados.
Normalmente chamado de Babá (pai) Egun,
Babá-Egun. Também pode ser referido como Êssa nome dos ancestrais fundadores do
Aramefá de Oxóssi (conselho de Oxóssi, composto de seis pessoas). Ou Esa
espírito dos adoxu e dignatários do egbe (casa).
Informações do Projeto Egungun
Nação Nagô
Os nagôs, cultuam os espíritos dos mais
velhos de diversas formas, de acordo com a hierarquia que tiveram dentro da
comunidade e com a sua atuação em pról da preservação e da transmissão dos
valores culturais. E só os espíritos especialmente preparados para serem
invocados e materializados é que recebem o nome Egun, Egungun, Babá Egun ou
simplesmente Babá (pai), sendo objeto desse culto todo especial.
Porque o objetivo principal do cultos dos
Egun é tornar visível os espíritos dos ancestrais, agindo como uma ponte, um
veículo, um elo entre os vivos e seus antepassados. E ao mesmo tempo que mantém
a continuidade entre a vida e a morte, o culto mantém estrito controle das
relações entre os vivos e mortos, estabelecendo uma distinção bem clara entre
os dois mundos: o dos vivos e o dos mortos (os dois níveis da existência).
Assim, os Babá trazem para seus
descendentes e fiéis suas bênçãos e seus conselhos mas não podem ser tocados, e
ficam sempre isolados dos vivos. Suas presença é rigorosamente controlada pelos
Ojé (sacerdotes do culto) e ninguém pode se aproximar deles.
Os Egungun se materializam, aparecendo
para os descendentes e fiéis de uma forma espetacular, em meio a grandes
cerimônias e festas, com vestes muito ricas e coloridas, com símbolos característicos
que permitem estabelecer sua hierarquia.
Os Babá Egun ou Egun Agbá (os ancestrais
mais antigos) se destacam por estar cobertos com uma roupa específica do Egun —
chamada de eku na Nigéria ou opá na Bahia, são enfeitadas com búzios, espelhos
e contas e por um conjunto de tiras de pano bordadas e enfeitadas que é chamado
Abalá, além de uma espécie de avental chamado Bantê, e por emitirem uma voz
característica, gutural ou muito fina.
Os Aparaká são Egun mais jovens: não têm
Abalá nem Bantê e nem uma forma definida; e são ainda mudos e sem identidade
revelada, pois ainda não se sabe quem foram em vida.
Acredita-se, então, que sob as tiras de
pano encontra-se um ancestral conhecido ou, se ele não é reconhecível, qualquer
coisa associada à morte. Neste último caso, o Egungun representa ancestrais
coletivos que simbolizam conceitos morais e são os mais respeitados e temidos
entre todos os Egungun, guardiães que são da ética e da disciplina moral do
grupo.
No símbolo "Egungun" está
expresso todo o mistério da transformação de um ser deste-mundo num
ser-do-além, de sua convocação e de sua presença no Aiyê (o mundo dos vivos).
Esse mistério (Awô) constitui o aspecto mais importante do culto.
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